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Dieta vitaminada


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Comer alimentos que equilibram as quantidades de vitaminas e minerais do organismo emagrece. Benefício extra: você ganha uma boa dose de saúde. É isso que prega a nutrição ortomolecular. Confira!
por Gillian Borges


Você já ouviu falar em medicina ortomolecular, lê notícias de estrelas da TV que não dispensam suas cápsulas de vitaminas e minerais, mas não sabe como isso tudo pode ajudá-la a se livrar daqueles quilinhos a mais?



A gente explica: a idéia básica dessa corrente da medicina é que a saúde depende, em grande parte, de suprir o organismo com quantidades de vitaminas e minerais de que ele precisa para funcionar perfeitamente. Por isso, comer direito é básico e faz parte de qualquer tratamento. “A alimentação tem grande influência na saúde geral, no comportamento e no funcionamento do cérebro”, defende Eduardo Almeida, especialista na área e professor da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ). Ele nos conta como o psiquiatra norte-americano Abraham Hoffer, um dos pais da teoria ortomolecular, descobriu que esquizofrênicos sofriam de uma carência de vitaminas do complexo B e, hoje, com a suplementação, atinge excelentes índices de controle da doença. A partir de constatações como essa, muitos médicos começaram a receitar suplementos de vitaminas e minerais como um recurso para prevenir e combater diversos males.

Esses nutrientes neutralizam os temidos radicais livres, moléculas produzidas no organismo, que, em excesso, abrem caminho para o envelhecimento e doenças degenerativas. Quando nossa dieta excede ferro, cromo e zinco, por exemplo, esses minerais se aliam aos radicais livres e de mocinhos se transformam em vilões. “Ocorre, então, um processo parecido com a ferrugem, que interfere no funcionamento de diversos órgãos e gera disfunções como obesidade, síndrome do pânico, pressão alta, celulite, falta de disposição, osteoporose ou mal de Alzheimer”, diz Fátima Furtado, clínica geral especialista em nutrição ortomolecular, do Rio de Janeiro. Um dos órgãos mais afetados pelo excesso de metais é a tireóide.

“A contaminação faz com que essa glâncula trabalhe mais devagar, retardando o metabolismo e contribuindo para o aumento de peso”, diz Eduardo. Comer direito, a receita ortomolecular para evitar a “ferrugem”, não é nada complicado e combina com você. Ficar firme em uma dieta rica em frutas, vegetais, carnes magras e grãos integrais é o caminho e perder peso vem como conseqüência desse jeito de se alimentar. “Um cardápio equilibrado, com todos esses elementos, garante o bom funcionamento do organismo e, quando o corpo está em equilíbrio, o risco de engordar é menor. Tem mais: nutrientes na dose certa deixam o metabolismo tinindo, queimando mais calorias”, diz Fátima.




Coma sempre, coma mais

alimentos integrais
Pão, arroz, cereais e farinha integrais são ótimas fontes de vitaminas e minerais e ricos em fibras, que melhoram o funcionamento do intestino e diminuem a absorção de gorduras. Outra vantagem: esses carboidratos são digeridos mais lentamente que os refinados e, por isso, não causam o aumento dos níveis de insulina no sangue. “O hormônio está relacionado ao armazenamento de calorias”, explica o médico Paulo de Tarso Lima. Alimentos ricos em carboidratos refinados (como pão francês, arroz branco, macarrão, bolo e biscoito) são de fácil digestão, aumentam a liberação de insulina e o armazenamento de glicose na forma de gordura.


peixes e frutos do mar
São boas fontes de iodo, que melhora o funcionamento da tireóide, e de ômega 3 (principalmente sardinha, atum e salmão), que diminui os riscos de problemas no coração.


abacate
Considerado um vilão das dietas de perda de peso, a fruta é recomendada pelos médicos ortomoleculares. “Tem ômega 3, gordura que faz bem para o coração, muitas vitaminas e minerais”, diz a médica ortomolecular Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro (RJ).


frutas vermelhas
Amora, framboesa e morango são ricos em bioflavonóides, substâncias que combatem os radicais livres. “Ainda melhoram o funcionamento do sistema cardiovascular, das articulações e deixam pele e cabelo mais bonitos”, diz Tamara.


frutas secas
A versão desidratada do figo, damasco, maçã, abacaxi, banana, uva ou tâmara é excelente opção para diminuir a vontade por doces. “Além do sabor mais adocicado, têm a vantagem de ter os mesmos nutrientes — vitaminas, minerais e fibras — das frutas frescas”, diz Tamara. Você pode misturá-las com iogurte (1 colher de sopa de passas, por exemplo) ou comê-las puras. Veja a porção ideal para um lanche: 4 fatias de maçã (4 tâmaras ou 6 damascos) e 2 figos (2 bananas ou 2 fatias de abacaxi).


frutas oleaginosas e sementes
Noz, castanha, avelã, amêndoa, semente de abóbora e de girassol são perfeitas para o lanche da tarde. Contêm gordura poliinsaturada, que baixa o colesterol ruim e aumenta o bom, selênio, que estimula o funcionamento da tireóide e é excelente antioxidante, e potássio, que melhora a contração muscular, importante para quem malha. Além disso, as gorduras dão saciedade — você come pouco (um punhado das frutas ou uma colher de sopa cheia das sementes) e já fica satisfeita.


frango ou peru caipira
Não é fácil achar, mas essas são as melhores opções de carne, segundo a nutrição ortomolecular, pois têm menos gorduras e são menos tóxicas (as aves não recebem antibióticos ou rações com hormônios). Nos principais supermercados das cidades grandes você já encontra cortes de frango criados sem antibióticos. Eles custam mais caro, sim, mas vale a pena investir na sua saúde.


ovo caipira
Já reparou com a gema do ovo caipira é bem amarelinha? Isso acontece porque a galinha criada solta, com pouca ração, põe um ovo mais rico em carotenóides, que têm poder anti-radicais livres. Outra vantagem: o ovo é pouco calórico (tem cerca de 80 calorias) e contém muita proteína. “Ao contrário do que se acredita, ele não faz mal para o coração, pois tem colina, que impede que o colesterol prejudique o organismo”, explica Tamara. Segundo a médica, você pode comer até quatro ovos por semana (sem fritar, para não encharcá-lo de gordura). A colina tem outro benefício: é um precursor da acetilcolina, neurotransmissor cerebral que melhora a memória e a aguça inteligência.


vegetais verde-escuros
Ótimas fontes de vitaminas e minerais, têm muitas fibras e poucas calorias. Para consumir nutrientes bem variados, diversifique sua alimentação incluindo rúcula, almeirão, escarola, couve, agrião, bertália, folhas de beterraba e espinafre — além da alface de todo dia.


coco
Sabe aquele coco seco, que está à venda no supermercado? Pois ele é ótimo para quem quer emagrecer. “O coco estimula a tireóide e tem muitas fibras, que melhoram o funcionamento do intestino”, conta Tamara. Com gordura de boa qualidade, a fruta dá saciedade sem prejudicar o coração e é riquíssima em vitaminas, minerais e aminoácidos. Divida o coco em oito partes, guarde na geladeira e coma uma por dia.





Fonte: Revista Boa Forma

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