Depois de um bom tempo no banco dos réus, o óleo do coco é absolvido e considerado auxiliar no emagrecimento - quando incluído no cardápio diário. Segundo os seus defensores, com o consumo é possível eliminar até 3 kg por semana
Françoise Gregório
Eis um fruto bem aproveitado: as fibras de sua camada externa são muito valorizadas para a confecção de peças decorativas. Já a sua polpa permite a preparação de uma infinidade de pratos doces e salgados. E tem mais: a água contida em seu interior é rica em minerais e considerada um isotônico natural. Como se não bastasse, desse alimento também é extraída uma substância que, cada vez mais, ganha a simpatia de quem busca saúde e um corpo enxuto.
Apesar de visto como um vilão no passado, por conter alto teor de gordura saturada, o óleo de coco ressurge como um herói na alimentação."De fato, a versão extravirgem - obtida por prensagem a frio, sem refinação - é uma gordura saturada, mas de origem vegetal, sem colesterol e de fácil digestão e absorção pelo organismo, se transformando rapidamente em energia", explica Mauro Lins (RJ), médico e nutrólogo. Segundo ele, o melhor desse óleo está no seu alto teor de Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM), um tipo de gordura boa e difícil de ser encontrado em alta concentração. "Quando consumido regularmente, ele auxilia na redução do colesterol ruim (LDL), no aumento dos níveis de energia, no processo de emagrecimento e na redução da adiposidade abdominal. Também eleva a capacidade antioxidante geral do organismo e pode atenuar o processo de envelhecimento cutâneo", revela Mauro.
Em diversas ilhas do Oceano Pacífico, o óleo de coco extravirgem é o principal tipo de gordura utilizada na dieta dos nativos e corresponde, em algumas regiões, a cerca de 60% das calorias diárias ingeridas. Vale dizer que, nestes locais, a incidência de doenças comuns no mundo ocidental, como diabetes, cardiopatias, câncer e obesidade, é baixíssima. Pesquisadores compararam o cardápio de parte da população que mantinha a dieta local tradicional com a outra parcela que seguia um menu ocidentalizado. O resultado mostrou que a saúde e a dentição dos habitantes com dieta tradicional eram excelentes, enquanto a outra parte apresentava mais problemas de saúde e doenças degenerativas.
Menos peso, mais saúde
Como a gordura do óleo de coco não precisa de enzimas especiais para ser absorvida e se transforma rapidamente em energia, não fica depositada no corpo. Por isso, ela é considerada termogênica (aumenta a produção de calor no organismo e queima gorduras) e ajuda no emagrecimento. "O óleo da fruta tem o poder de estimular o metabolismo orgânico, aumentando o gasto calórico, e converte calorias em energia", comenta Sérgio Puppin, cardiologista e especialista em nutrologia (SP) e membro da Academia de Ciências de Nova Iorque (EUA). E isso não ocorre com o consumo de Triglicerídeos de Cadeia Longa (TCL), que estão presentes em outros tipos de óleo, como os de soja, girassol e milho. Puppin acredita que emagrecer com a gordura do coco é uma conseqüência desse processo. "O ideal é adotar o seu consumo para melhorar a saúde como um todo. E, nas pessoas com excesso de peso, surge uma agradável surpresa: o emagrecimento, que pode chegar a 3 kg por semana!", avisa. E ainda: "Estudos mostram que, mesmo quando se abandona o consumo do óleo, os resultados da dieta são mais duradouros se comparados aos de outros regimes", conta o cardiologista.
Eta, coco bom!
A fruta tem alto poder antioxidante Colabora na diminuição da produção de radicais livres, graças à ação da vitamina E.
Ele ajuda a reduzir o colesterol ruim (LDL) e promove a elevação do bom (HDL), contribuindo assim para a prevenção e o tratamento das doenças cerebrais e cardiovasculares.
O coco melhora o sistema imunológico. Pprevine e age no combate a bactérias e fungos. Cconseqüentemente, facilita a absorção dos nutrientes, aumentando todas as defesas do organismo.
A gordura apresenta grande concentração de ácido láurico, o mesmo presente no leite materno.
Ele ajuda a regular a função intestinal, tanto nos casos de prisão de ventre como nos de diarréias. Ee ainda protege a flora amiga.
Estudos realizados há mais de 30 anos comprovaram que ela estimula a função da tireóide. Oo bom funcionamento dessa glândula faz com que o mau colesterol (LDL) produza hormônios necessários na prevenção de doenças e outros males crônicos.
Ele controla a compulsão por carboidratos, pois proporciona uma sensação de saciedade e não estimula a liberação de insulina. Dessa forma, diminui a compulsão por doces.
Uso e efeito
*A melhora começa a aparecer após a segunda semana de consumo.
*A recomendação é de 3 col. (sopa), distribuídas ao longo das refeições.
*Ele pode também ser utilizado como tempero de saladas, misturado ao iogurte, em shakes, passado em torradas, etc.
*Se ocorrer diarréia, deve-se diminuir a dose.
*A substância pode ser tomada pura ou misturada aos alimentos ou em substituição a outros óleos, que perdem as características quando submetidos ao calor. "O óleo de coco é muito resistente à alta temperatura e não elimina suas propriedades quando aquecido".
*Na hora da compra, fique atenta! O óleo não deve ser submetido a processo de refinação. Quando refinados, perdem seus antioxidantes e alguns ainda são hidrogenados, transformando-se nas gorduras trans, estas, sim, muito nocivas à saúde.
*O óleo pode ser encontrado em lojas de produtos naturais e orgânicos.
Fonte:corpoacorpo.uol.com.br
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