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O suíno passou na prova da dieta


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A carne de porco ficou melhor: com 31% menos gordura, 14% menos calorias e um teor de colesterol 10 % menor, ela ganhou muito em saúde. Mais do que isto: continua mostrando sabor

Há mais novidades na carne de porco do que sonha nossa vã filosofia. Fonte importantíssima de proteínas na dieta tradicional do brasileiro, o suíno passou por mudanças radicais nos últimos 30 anos. Atualmente, fornece uma carne do bem, com os índices de gordura, calorias e colesterol apresentados acima. São números de impacto, que ajudam a derrubar o mito de um alimento gorduroso e prejudicial à saúde.

Com o surgimento das margarinas e óleos vegetais, deixou-se de cozinhar com banha e o produtor precisou selecionar geneticamente as raças e balancear a alimentação dos suínos para obter maior aproveitamento da carne. Esse trabalho diminuiu o percentual de gordura e aumentou a quantidade de carne magra. O alimento suíno é, hoje, o mais consumido no mundo e se firmou como algo de grande valor nutritivo, rico em vitaminas e minerais.


Há algumas décadas, o suíno apresentava entre 40 e 45% de carne magra, o toucinho media 6 centímetros e um animal adulto produzia até 30 kg de banha. A carne consumida atualmente apresenta 60% de porção magra, cerca de 1,5 centímetros de toucinho e, no máximo, 2,5 kg de banha.

O nível de colesterol encontrado na carne de suínos é semelhante ao das aves. Ainda, atende com folga às recomendações da Associação Americana do Coração, que estabelece ingestão diária de 300 mg de colesterol por dia.

Derrubando mitos

Cínara Milanez Shibuya, engenheira de alimentos da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), lembra que muitas pessoas ainda têm em mente o animal criado sem grandes cuidados em fazendas e sítios, algo comum até meados da década de 70. "Existe um desconhecimento em relação ao intenso trabalho de melhoria nas áreas da genética (cruzamento de raças puras), nutrição, manejo e sanidade efetuados pelos criadores nos últimos 30 anos. O suíno não só recebe uma alimentação extremamente saudável e balanceada, aumentando a produtividade, como é criado em instalações sem acesso a terra e extremamente higiênicas", explica.



Os porcos descendem dos javalis, que foram trazidos às Américas por Cristóvão Colombo, em 1493. No Brasil foram introduzidos em 1532 por Martim Afonso de Souza. Hoje, quase 500 anos depois, a criação racional de porcos está baseada em raças médias, que oferecem um alimento econômico e de elevado valor nutritivo, ou seja, mais lucro aos criadores e valiosas características alimentícias para o consumo humano.

Para garantir a qualidade da carne suína deve se levar em conta o bem-estar animal na criação, a segurança alimentar pré-abate e a certificação da indústria suinícola. O transporte correto do animal também é fundamental.

A carne suína possui adequado teor de proteínas (19 a 20% na parte magra) com boa combinação de aminoácidos essenciais biologicamente disponíveis. Também é uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, principalmente de Tiamina (B1), Riboflavina (B2) e Cobalamina (B12).



O suíno passou na prova da dieta


A carne de porco ficou melhor: com 31% menos gordura, 14% menos calorias e um teor de colesterol 10 % menor, ela ganhou muito em saúde. Mais do que isto: continua mostrando sabor


Conteúdo de necessidades diárias de nutrientes

Ao consumir 85 gramas de carne suína, um indivíduo atende aos seguintes percentuais de suas necessidades diárias de nutrientes:

53% de tiamina (B1) ,
33% cobalamina (B12) ,
22% de fósforo,
20% de niacina (B3),
19% de riboflavina (B2),
18% de piridoxina (B6),
15% de zinco,
11% de potássio,
7 % de ferro,
6% de magnésio.

Outros dados vêm dos estudos do National Pork Producers Council (NPPC), e comprovam que, de 1963 para 1990, a quantidade de gordura em 100 g de lombo cozido diminuiu de 35 g para 8 g : 70,7%

Segundo informações da Human Nutrition Information Service -- Serviço de Informação de Nutrição Humana -- , de 1983 a 1991, a carne suína reduziu em 33% sua gordura total, em 14% suas calorias e em 10% seu colesterol. Ponto básico: 70% dela está no toucinho e não na carne. Apenas de 20 a 22 % da gordura estão nos músculos. .


Atenção às "inas"...

A Tiamina, por exemplo, é importante para o metabolismo das gorduras, carboidratos e proteínas, primordial no sistema nervoso central e, por essa razão, é conhecida como vitamina antineurítica. Há outras. Veja.

A Riboflavina - que só pode ser encontrada em grande medida na carne suína e no leite - é essencial para a formação de células vermelhas do sangue, para a ocorrência da neoglicogênese e na regulação das enzimas tireoideanas. A riboflavina está envolvida no primeiro passo do metabolismo dos ácidos graxos e da glicose. Num segundo momento, está envolvida na ativação da vitamina B6.

Já a Cobalamina é importante no metabolismo dos ácidos nucléicos e essencial para o funcionamento de todas as células do organismo, especialmente no trato gastrointestinal, tecido nervoso e medula óssea.



Compra correta evita perigos

Só compre carne de porco de procedência conhecida e produzida dentro de padrões de qualidade e segurança certificados. Evite a carne clandestina ou sem certificação. Desta forma, exclui-se riscos desnecessários para a saúde, além do consumo de um alimento nutritivo e com qualidade garantida.


Fonte: Dieta Já

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