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Drible os inimigos da dieta!


quinta-feira, 9 de abril de 2009

Você tenta de tudo e não emagrece? Talvez o problema vá além da alimentação. Encontramos soluções para emoções,doenças e comportamentos que impedem o corpo de ficar enxuto

Por Fabrício Pellegrino

Alimentação balanceada somada à atividade física resulta em corpo enxuto. Certo? Nem sempre. Infelizmente, na prática, essa matemática pode não apresentar resultado tão exato. Parece inexplicável, mas algumas mulheres fazem dieta, se acabam na ginástica e evitam as tentações com todas as forças e, mesmo com tantos sacríficios, não conseguem ver os ponteiros da balança abaixarem.

De quem, então, será a culpa? Viva! investigou as principais causas que fazem alguém engordar (ou não conseguir emagrecer), conversou com médicos e nutricionistas. Agora, traz a solução para as emoções, as doenças e os comportamentos que impedem seu corpo de ficar com tudo em cima.



Efeito sanfona? Nunca mais!

Falta de rotina e ansiedade - eis dois grandes exemplos desses problemas. E não são apenas as meras anônimas que sofrem com esse tipo de coisa. Até a estreladíssima Ivete Sangalo demorou a descobrir por que não conseguia perder 3 kg. Foi só ao pedir socorro a uma nutricionista que ela alcançou o objetivo.

Por 30 dias, a profissional acompanhou seus hábitos, viu a rotina agitada e percebeu que a cantora comia mais quando estava ansiosa. A partir daí, sugeriu algumas mudanças. A musa, então, passou a se alimentar de três em três horas, diminuiu as porções de comida no prato e abandonou os petiscos fora de hora. Hoje, Ivete, com seus 66 kg distribuídos em 1,75 m, distingue fome de estresse e carrega na bolsa frutas, lanches, sopas e castanhas para não correr o risco de ficar muito tempo sem comer.



Coloque em prática a solução

A história de Ivete ilustra muito bem como comportamentos que aparentemente não têm nada a ver com emagrecimento podem influenciar nas escolhas que fazemos à mesa. Ou você nunca atacou uma barra de chocolate depois de ter um dia péssimo? Mas não é só isso: problemas hormonais, sono atrasado, remédios e doenças como o hipotireoidismo também podem ser responsáveis pela manutenção daqueles quilos indesejados. Veja, a seguir, a lista de inimigos da dieta e prepare-se para acabar com eles de vez. Lembre-se, apenas, que algumas situações exigem que você faça uma visita ao médico para ter certeza de estar seguindo o tratamento certo. E, então, é só dar adeus ao seu corpo antigo!




Ansiedade

Uma das consequências é a redução do hormônio serotonina no cérebro. Justamente ele, responsável pela sensação de bem-estar. As vítimas acabam comendo mais alimentos ricos em carboidratos, como massas e doces, para ter prazer. A atriz Elaine Mickely, de 60 kg e 1,75 m, passa por isso: quando fica nervosa, devora bolos e biscoitos, que causam saciedade passageira. Para piorar, o organismo ansioso libera cortisol, hormônio que aumenta a fome e armazena gordura nas células.

Solução: Evite carboidratos e aposte num tratamento psicológico para controlar sua agitação.



Sono atrasado

É um fato: o corpo de quem dorme bem funciona melhor. Quem frita na cama sofre alterações no apetite, como diminuição do hormônio leptina, que aumenta a vontade de comer. Além disso, o insone tem mais dificuldade para completar a digestão e fixar as proteínas. Ou seja, quem dorme mal produz gordura e não massa muscular.

Solução: Durma o número de horas ideal para você (em média, oito horas) e se alimente umas duas ou três horas ANTES de se deitar.



Tomando remédio

Medicamentos com cortisona, remédios para a pressão arterial e até pílula anticoncepcional (as com alta concentração de progesterona) podem ser responsáveis pelo ganho de peso.

Solução: Evite o consumo de qualquer droga sem orientação médica. Até mesmo a ingestão de vitaminas sem indicação deve ser vetada. São imprescindíveis? Pergunte ao médico como fazer para driblar o efeito engordativo.



Hipotireodismo

Localizada na base do pescoço, a glândula tireóide desregula o metabolismo quando diminui sua produção de hormônios. Deborah Secco sabe bem como isso funciona: em 2003, ela foi vítima da doença, sofreu com depressão e estresse. Desmotivada, engordou 10 kg.

Solução: A atriz tomou a atitude correta. Consultou o endocrinologista e, com a ajuda dele, conseguiu controlar a doença por meio de reposição hormonal. Hoje, ostenta 49 kg em 1,64 m.



Estresse

Levar uma vida cansativa resulta na liberação dos hormônios cortisol (que armazena gordura) e adrenalina (que coloca o corpo em alerta diante de situações de risco). Essa alteração metabólica, comum em pessoas com distúrbios emocionais, só faz o peso aumentar.

Solução: Primeiro, pense sobre o que a está deixando estressada. Depois, arrume tempo para se alimentar de forma adequada, evitando, por exemplo, o consumo excessivo de sal, responsável pela retenção de líquido e inchaço.



Depressão

Seja qual for o motivo da tristeza, há redução da atividade metabólica - assim, o corpo não recebe estímulo para queimar calorias. Além disso, a pessoa deprimida tende a comer doces para repor a serotonina. Remédios antidepressivos ainda causam a retenção de líquido.

Solução: Desabafe com pessoas de confiança e volte a praticar atividades prazerosas. Se a tristeza demorar a passar, procure um psicólogo.



Envelhecendo

Quanto mais o tempo passa, mais lento fica o metabolismo - e menor é a queima de calorias. O organismo que funciona devagar transforma músculo em gordura.

Solução: Invista em alimentação saudável e exercícios físicos (meia hora, todos os dias, ou uma hora, três vezes por semana).



Ingere pouca fibra

Um cardápio pobre em cereais integrais, frutas, verduras e legumes induz você a uma maior ingestão de comidas calóricas.

Solução: Privilegie alimentos naturais.



Fica muito tempo sem comer

Respeite todas as refeições. E lembre-se que o dia começa a partir do momento em que você acorda. Daí em diante, não fique mais de três horas sem comer. Isso porque o corpo interpreta o período sem alimento como jejum, estocando gordura no corpo.

Solução: Coma, no mínimo, cinco vezes ao dia.



Estabelecer metas impossíveis

Determinar prazos curtíssimos para se livrar dos quilos extras pode ser um problema.

Solução: Estabeleça um objetivo fácil. Depois de vencê-lo, trace novo plano. Cada vitória serve de estímulo para o passo seguinte. Outra dica: subir na balança a toda hora não ajuda. Pelo contrário, só aumenta a ansiedade! O melhor é se pesar apenas uma vez por semana - de preferência, no mesmo horário.



Beber pouca água

O líquido hidrata, ajuda na digestão (principalmente das fibras) e não engorda.

Solução: Beba dois litros por dia para retardar a fome e reduzir o consumo de calorias.




Comer depressa

Seu jantar dura menos de meia hora? Se a reposta é sim, repense quanto tempo passa à mesa. Comer muito rapidamente impede o cérebro de compreender que o estoque de alimentos foi reposto. Assim, o organismo demora a se sentir saciado.

Solução: Alimente-se num ambiente tranquilo, mastigando bem para facilitar a digestão.



Não resistir às tentações

Ceder a doces, chopinhos, refrigerantes e frituras no meio do regime é uma péssima ideia. Xuxa que o diga! Ela não abriu mão do chocolate na dieta e só percebeu a consequência quando chegou aos 70 kg.

Solução: Faça como a apresentadora e diga não à tentação. Ela conseguiu emagrecer 10 kg! Caso mesmo assim você cometa algum deslize, compense nos próximos dias consumindo poucas calorias.



Seguir um cardápio sem graça

Uma dieta rígida e com poucas possibilidades de variação representa um grande risco, pois a monotonia pode levar você a desistir. Claro! Quem come todo dia a mesma coisa tende a abandonar o regime.

Solução: Simples: varie a comida. Considere os sabores, os tipos, as cores e as texturas dos diferentes alimentos.

Fonte: site Viva! Mais

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