Alimentos não cozidos mantêm propriedades nutritivas e fibras, sendo ótima opção para quem quer adotar um cardápio de vida saudável Lara: No geral, os crudivoristas sugerem a ingestão de todos os alimentos de origem vegetal na forma crua, com poucas exceções. Digo que a pessoa deve sempre considerar o bom senso e a necessidade nutricional, além da composição de cada alimento antes de se escolher a forma de preparo. É sempre bom ter o acompanhamento de um personal nutri. Lara: Sim, o cozimento abranda as fibras dos alimentos, quebrando-as. Mas isso pode ser benéfico em alguns casos, como por exemplo, no caso do feijão, soja e lentilha, ricos em substâncias que atrapalham a absorção de minerais. O aquecimento elimina os agentes inoportunos e ainda aumenta a absorção das proteínas desses vegetais. Lara: Nozes e sementes contêm inibidores de enzimas que as protegem para evitar sua germinação prematura e a perda de vitalidade. Desta forma, quando comemos sementes cruas ou nozes cruas, ingerimos os inibidores de enzimas, que também estão presentes em grande quantidade em amendoins crus, no gérmen de trigo cru, nas ervilhas, feijões, e lentilhas. Nos ovos que também são sementes, o inibidor existe basicamente na clara. Lara: Regras básicas de higiene com mãos e utensílios limpos ao preparar alimentos. Ao armazenar, separe os crus dos cozidos sempre e a água utilizada em preparo deve ser sempre filtrada ou fervida. Além desses cuidados básicos é necessário conhecer a procedência do que está sendo consumido. Lara: Sim, você pode acrescentar ervas e condimentos naturais as preparações, depois que o fogo for desligado. Isso preserva diversos nutrientes, fitoquímicos, e ainda realça o sabor desses ingredientes.
Por Renata Rode
Você já ouviu falar em crudivorismo? Sim, a dieta da ‘comida viva’ não é só uma nova forma de alimentação mas também representa um novo estilo de vida. Essa é uma variação do vegetarianismo, que vem ganhando fãs brasileiros, tornando-se uma forte tendência mundial. A dieta é baseada no consumo de frutas, hortaliças, castanhas, algas marinhas, cogumelos, grãos germinados e, eventualmente, mel. Ficou interessada? A nutricionista Lara Cunha, responde a algumas dúvidas comuns sobre essa reeducação alimentar para que você se informe e decida se quer experimentar.
- Como descobrir se posso ou não consumir determinado alimento cru?
- É verdade que as fibras presentes nos alimentos são mais preservadas se eles não forem cozidos?
- Quais grãos podem ser consumidos crus?
- Quais cuidados devemos tomar na higienização de alimentos crus?
- Podemos incluir hortaliças cruas com pratos cozidos a fim de enriquecer uma dieta nutritiva?
Fique atenta:
- com exceção das leguminosas, alguns grão e carnes, fica a seguinte regra geral: comer crus todos os alimentos de origem vegetal .
- nessa dieta é permitido o cozimento de alguns alimentos até 42 graus sendo que, alguns chefs utilizam técnicas como a desidratação para preparar certos pratos.
- a ingestão de alimentos de origem animal como carne, frango e ovos, se consumidos crus, é altamente prejudicial à saúde, pois pode haver contaminação por bactérias. Em média, carnes de porco e frango devem atingir de 70º C a 75º C. Já a carne bovina pode ser deixada a temperaturas um pouco menores, entre 65º C e 70º C.
- outra desvantagem no consumo da carne de vaca crua é que ela contém nitrato, que é transformado por bactérias em nitrito, um agente cancerígeno. Assim, quando a carne é cozida, esse risco é diminuído.
- todo o processo de manipulação, conservação e congelamento do peixe e da carne antes de chegarem à mesa são importantes. As proteínas e o ferro de carnes e peixes não se perdem no aquecimento, mas a exposição prolongada ao calor pode levar à perda de vitaminas.
- ao cozinhar, quanto menos água e calor, melhor. Os nutrientes de alguns vegetais se decompõem no aquecimento e se dissolvem na água. Legumes e verduras ricos em vitaminas C e B (presente nos vegetais folhosos, tomate, brócolis, cenoura, berinjela, feijão e ervilha, entre outros) já começam a perdê-las durante a lavagem, e a perda aumenta durante o cozimento.
- o ideal é preparar vegetais no vapor, por muito pouco tempo: 5 a 10 minutos, de preferência que deixa os alimentos no ponto certo: al dente. Quem prefere o legume um pouco mais mole pode cozinhar com pouca água – o suficiente para cobrir metade do alimento – e com a panela tampada para aproveitar o vapor.
- reserve a água de cozimento de verduras e legumes, pois ela está repleta de proteínas, vitaminas e minerais e é perfeita para fazer sopa, arroz ou feijão.
- você pode optar por assar os vegetais com casca. Por ser grossa, a casca funciona como uma capa protetora. Ao assar alimentos mais secos como couve-flor, borrife-os com água ou coloque um refratário com água no forno para criar vapor. Já as folhas refogadas não precisam mais do que cinco minutos em panela tampada.
Fonte: site itodas.uol.com.br
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